Se eu tivesse que escolher uma palavra para definir “Quero dar minha mãe ao mundo” seria: sensível. E são justamente as obras sensíveis que marcam a história, porque é exatamente isso que a humanidade precisa: sensibilidade, acolhimento, amor e empatia.
Ana Maiara Veiga é uma escritora que mora em Brasília e tem excelentes referências literárias. Ela cita Clarice Lispector, Albert Camus, Machado de Assis, Nelson Rodrigues, entre outros escritores que revolucionaram a literatura. Aliás, nossos gostos são muito parecidos! Há até um texto sobre a relação de Cazuza com os pais, sobretudo a mãe. Quem me conhece sabe da minha admiração pelo cantor, não foi à toa que minha primeira tatuagem foi o nome de uma música dele.
Alguns contos me emocionaram às lágrimas, outros me fizeram refletir muito sobre detalhes nas relações familiares e de outros relacionamentos que passam despercebidos, mas que são cruciais para o entendimento da psique humana. Um conto que me marcou foi Dias de Abandono, especialmente o trecho:
“Amei-te tanto quanto pude. E agora que o amor se foi, não restam motivos que me façam ficar. Antes que cresçam sua distância e frieza, as quais me privaram carinho e palavras doces, parto sem receio, posto que não desejo perder mais tempo. Consciente de que não há nada mais a fazer por nós, neste dia, dou-me de presente a vida, ao tempo em que te deixo e sigo por outros caminhos que avidamente me esperam”.
Ah! Não posso deixar de mencionar minha incrível admiração pelas histórias sobre Cora Coralina e Simone de Beauvoir! Recomendo muito.
Compra de Quero dar Minha Mãe ao Mundo, diretamente com a autora:
https://bit.ly/3j8UhGC