“A natureza, em sua sabedoria, determinou que mesmo a morte tivesse um antídoto para seu próprio terror.”
Eis que ainda me encontro devaneando. Tento encontrar palavras que ponderam entre fascinação e melancolia, pois imensurável define meu encantamento por Drácula. Apesar das passagens sombrias e descrições de cenários inóspitos, não deixa de ser um livro sedutor. A forma na qual o sangue se revela nas páginas é linda, gosto de ler o turvo equilíbrio da vida e da morte e o paradoxo das sensações. E há mesmo esse dilema no questionamento “Será que pode haver objetividade na subjetividade do amor?”.
A leitura desse clássico proporciona uma experiência delirante, uma estranha impressão aprazível em passagens que, a princípio, pelo senso comum, deveriam ser consideradas tenebrosas.
Bram Stoker mostra a existência da beleza no terror, posto que a narrativa é toda permeada por paixões e tristezas, sujeitos abstratos que ao se conjugarem se transformam em poesia na alma do leitor que busca insistentemente a compreensão de quem realmente é o vampiro, o cerne da literatura. Ódio e vingança? Será mesmo? Ou há uma linha tênue que é capaz de reviver a humanidade e mesmo o amor? Amor perverso? Adoecido? Um sujeito malfeitor mesmo ou tão vítima quanto? A que nível se estende tal instabilidade? Ou então é justamente a desarmonia a singularidade de Drácula? Só lendo para saber. Entendê-lo? A questão já se torna muito mais profunda, aquém das letras.
“Não é a primeira nem a segunda vez que suas veias apaziguam minha sede.”
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